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Neste artigo, vamos mostrar para você como criar um modelo de negócio CANVAS de forma simples e prática. Aprenda a organizar e transformar suas ideias em realidade concreta com essa ferramenta essencial que torna o processo empreendedor ágil e fácil.
Modelo de Negócio Canvas, ou Business Model Canvas, ou Canvas do Modelo de Negócio, ou simplesmente Canvas… São várias formas de se referir à mesma ferramenta essencial para qualquer empreendedor.
Você já teve aquela ideia de negócio que considerou brilhante, mas não soube o melhor jeito de trazer para a realidade e ela acabou se perdendo?
Pois o Canvas é um método simples de organizar e traduzir seus pensamentos empreendedores em um caminho concreto e lógico, pronto para ser colocado em ação.
Após ler esse artigo, você vai perceber como é prático, ágil e fácil preencher o Modelo de Negócios Canvas, tornando seus insights palpáveis. Depois, é mão na massa!
Índice
É claro, antes de falarmos do Business Model Canvas, precisamos olhar para esse conceito chamado “modelo de negócio”.
Pode não parecer, mas é importante entendê-lo, porque grandes empresas que dominaram mercados ao longo do tempo acabaram sumindo depois, porque não souberam revisar e atualizar o seu modelo de negócio.
E você não quer passar por isso, não é mesmo?
Bom, muitos atribuem ao “pai da administração moderna”, Peter F. Drucker (nas – mort), a origem desse conceito.
Ele realmente escreveu um artigo, em 1994, no famoso Harvard Business Review, intitulado “The Theory of the Business” (“A Teoria do Negócio”, em tradução livre), mas curiosamente ele não usa a expressão “modelo de negócio”.
Porém, a partir desse artigo, muitos foram desenvolvendo definições para o termo, a exemplo de Michael Lewis, Joan Magretta e Alex Osterwalder.
Para o Drucker, uma teoria de negócio é um conjunto de suposições sobre o que a empresa fará e não fará.
Ele resume tais suposições no seguinte ponto: “elas são sobre o que uma empresa é paga para fazer”.
E ainda afirma:
essas suposições são sobre mercados. Elas são sobre identificar clientes e concorrentes, seus valores e comportamentos. Elas são sobre tecnologia e sua dinâmica, sobre os pontos fortes e fracos de uma empresa.
Ele está preocupado em analisar o que uma empresa deve fazer e não o como ela deve fazê-lo.
Ele demonstra que muitas grandes empresas sabiam como fazer as coisas como ninguém, porém o que faziam já não se conectava mais com a realidade e acabaram ficando para trás.
Joan Magretta, em seu artigo de 2002, intitulado “Why Business Models Matter” (“Por que modelos de negócio importam”, em tradução livre), vai contribuir com o conceito, escrevendo que modelos de negócio são:
essencialmente, histórias — histórias que explicam como as empresas funcionam. Um bom modelo de negócios responde às perguntas antigas de Peter Drucker: ‘Quem é o cliente? E o que o cliente valoriza?’ Ele também responde às perguntas fundamentais que todo gerente deve fazer: Como ganhamos dinheiro neste negócio? Qual é a lógica econômica subjacente que explica como podemos entregar valor aos clientes a um custo apropriado?
Um modelo de negócio é como uma planta de um arquiteto: é uma representação do que uma empresa faz ou pretende fazer para ganhar dinheiro; é como uma organização cria, entrega e captura valor.
Bom, com tudo isso em mente, Alex Osterwalder e Yves Pigneurs, criadores visionários da Strategyzer, lançam no mercado, em 2005, o Canvas do Modelo de Negócio.
Trata-se de uma ferramenta visual, simples e prática, que descreve a proposta de valor, a infraestrutura, os clientes e as finanças de uma empresa.
Ela é composta por nove blocos que abarcam as quatro questões-chaves de um negócio:
Praticamente fotografa a estrutura de pensamento de grandes empreendedores e disponibiliza a todos a mesma abordagem lógica para se montar um negócio.
Segundo os próprios criadores do Modelo de Negócio Canvas, há 4 principais benefícios do uso dessa ferramenta:
O Canvas permite que todos compreendam e comuniquem o modelo de negócios e as proposições de valor, facilitando a inovação e a colaboração.
Uma ferramenta intuitiva que facilita a descrição, discussão e compreensão dos componentes do modelo de negócios, promovendo insights acionáveis.
Ajuda a visualizar e entender as relações entre os blocos fundamentais, identificando oportunidades de melhoria e inovações disruptivas.
Facilita ajustes estratégicos (o famoso pivot) e testes constantes com base em novas informações e circunstâncias, ajudando a encontrar o ajuste ideal entre produto e mercado.
Demoramos e fomos mais a fundo na origem do conceito para ajudar você a montar o seu próprio modelo de negócio, tendo mais propriedade do que é cada bloco da ferramenta. É bom entender o que você está fazendo para fazer melhor.
Vamos agora detalhar em um passo a passo simples e prático os nove quadros do Canvas.
Esse é o bloco inicial, pois ele é o coração do seu modelo de negócio. Comece sempre por ele.
A proposta de valor define o que torna o seu produto ou serviço único e valioso para seus clientes.
Pense no que você está oferecendo que resolve um problema ou atende a uma necessidade específica do público-alvo.
Essa seção exige um bom brainstorming para que você destaque o seu maior diferencial.
Depois de criar sua proposta de valor, é hora de definir os segmentos de clientes.
Quem são? Onde vivem? O que consomem? São segmentos específicos de mercado que você deseja atender.
A ideia é mapear quem realmente teria interesse naquilo que você oferece e ajustar sua estratégia para melhor atendê-los.
Dica de ouro
Uma boa estratégia para entender melhor seus segmentos de clientes é utilizar o YouTube e o Google.
Pesquise vídeos e leia os comentários para descobrir as dores e as necessidades dos seus potenciais clientes.
Isso pode fornecer percepções valiosos que ajudam a ajustar sua proposta de valor e suas estratégias de marketing.
Os canais são os meios pelos quais você entrega sua proposta de valor aos seus clientes.
Isso pode incluir lojas físicas, vendas online, redes sociais, aplicativos móveis, entre outros.
Escolha os canais que melhor alcançam e atendem seus clientes.
Sempre bom lembrar do velho Chacrinha, porque o relacionamento com o cliente é essencial e uma boa comunicação é a base disso.
Por isso, é necessário definir como você vai se relacionar com seus clientes: você vai oferecer atendimento personalizado? Haverá suporte 24/7? Como será o pós-venda?
Um bom relacionamento pode fidelizar clientes e criar uma base sólida de seguidores.
As atividades-chave são todas as ações que você precisa realizar para entregar sua proposta de valor, ou seja, para que seu negócio funcione.
Isso pode incluir desenvolvimento de produto, marketing, vendas, logística, entre outros.
É importante mapear essas atividades para garantir que todas as etapas do negócio estejam cobertas.
Para potencializar o seu sucesso, é necessário criar parcerias externas para fazer seu modelo de negócio funcionar.
Podem ser fornecedores, parceiros de distribuição, aliados estratégicos ou outras organizações que ajudam a complementar suas capacidades e recursos.
Reflita sobre quem pode trazer valor ao seu negócio e estabeleça essas principais parcerias.
Parcerias fortes podem reduzir custos, aumentar a eficiência e expandir seu alcance.
Os principais recursos são os ativos indispensáveis para que seu negócio funcione. Podem ser recursos físicos, intelectuais, humanos ou financeiros.
Exemplos: um escritório, equipamentos, patentes, conhecimento técnico e uma equipe especializada.
Identificar os recursos principais ajuda a garantir que você tenha tudo o que precisa para entregar sua proposta de valor.
A estrutura de custos mapeia todos os valores necessários para fazer seu negócio funcionar.
Muitas pessoas têm dúvidas sobre esse campo, mas é bem simples: inclui custos fixos e variáveis, como aluguel, salários, matérias-primas, marketing, entre outros.
Entender seus custos ajuda a planejar e controlar o orçamento de forma eficaz.
A ideia é ser realista para que, ao final, sua receita seja maior do que os custos, mantendo seu negócio rentável e sustentável.
As receitas mostram de onde vem o dinheiro no seu negócio.
Para identificá-las corretamente, pergunte-se: quanto cada segmento de clientes está disposto a pagar? Você vai ter várias fontes, como venda direta de produtos, assinaturas, licenciamento, publicidade, entre outros.
Detalhar as fontes de receita ajuda a entender o fluxo de dinheiro. É importante diversificá-las para garantir a sustentabilidade financeira do seu negócio
Agora que você conhece cada bloco do Modelo de Negócio Canvas, é hora de colocar a mão na massa.
Aqui estão algumas dicas práticas para maximizar o uso do Canvas:
Ao seguir essas dicas, você pode transformar o Canvas em uma ferramenta dinâmica e essencial para o planejamento estratégico e a inovação contínua em seu negócio.
Depois de tudo o que tratamos aqui, você deve ter percebido que desenvolver um modelo de negócio não é apenas um exercício teórico: é uma ferramenta prática para direcionar suas ações.
Você precisa de um modelo bem definido para:
A criação de um modelo de negócio também funciona como um processo de validação das suas ideias, reduzindo os riscos e aumentando as chances de sucesso do seu empreendimento.
O Modelo de Negócio Canvas é uma ferramenta indispensável no dia a dia de quem quer empreender e criar sua empresa para atender às necessidades de seus clientes, oferecendo um atendimento personalizado e diferenciado.
Também permite que uma ideia de negócio que é excelente hoje não impeça que amanhã você continue oferecendo valor às pessoas. Você buscará sempre inovar e se manter relevante, diante de tantas mudanças na sociedade.
Se você está pensando em começar seu negócio do zero ou mesmo quer alavancar suas vendas e não sabe como fazer isso de uma maneira estruturada e consistente, saiba que temos um curso que é perfeito para o que precisa: Do 0 aos 10k.
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