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Desvende os mistérios e as melhores práticas da captação de recursos neste guia completo, e aprenda a maximizar o potencial de financiamento da sua organização.
Esse artigo é para quem busca desvendar os mistérios da captação de recursos.
Pela internet, é possível encontrar inúmeras dicas e modelos dedicados a elaborar o plano de ação perfeito para a captação de recursos. No entanto, antes mesmo de mergulharmos nas complexidades de um plano bem-estruturado, existem etapas fundamentais que precisam ser compreendidas e implementadas.
Tais etapas são alicerce para qualquer estratégia de sucesso e, muitas vezes, são negligenciadas ou subestimadas. Você conhece esses segredos de ouro?
Nesse artigo, vamos explorar tópicos prévios à redação de um plano de ação — essenciais para alavancar suas chances de captar recursos.
Vamos contar com a ajuda da professora Patrícia Ortiz, empreendedora social, com MBA em gestão estratégica do Terceiro Setor e consultora com mais de 20 anos de experiência na área social. Ela compõe o time da Fênix Educação e ministra o curso “Plano de ação para captação de recursos”, que trata desse assunto e muitos outros, destinado a quem estiver procurando especializar-se para aumentar os rendimentos de sua organização.
Acompanhe-nos nesta jornada pelos bastidores da captação eficaz, na qual preparação e conhecimento andam de mãos dadas.
Índice
Antes de nos aprofundarmos nas estratégias prévias ao desenvolvimento de um plano de ação eficaz, é importante entender o que realmente significa a captação de recursos e como ela se manifesta no contexto brasileiro.
A captação de recursos é um processo vital para organizações, projetos e empreendimentos que buscam financiamento externo para iniciar, continuar ou expandir suas atividades.
No Brasil, essa prática pode assumir diversas formas, refletindo a diversidade e a riqueza de oportunidades disponíveis. Algumas possibilidades são:
Um plano de ação não é apenas um documento: é uma estratégia meticulosamente elaborada que serve como bússola de qualquer trabalho de captação de recursos. Ele detalha cada passo necessário para atingir seus objetivos, transformando ideias em realidades tangíveis.
Seja qual for a forma pela qual você buscará recursos para sua organização, ele será fundamental, pois:
Em resumo, o plano de ação é o alicerce sobre o qual se constrói uma estratégia de captação de recursos bem-sucedida.
Ele transforma a visão em um plano concreto, orienta a equipe durante o processo e assegura que cada passo dado esteja alinhado com os objetivos maiores da organização. Sem ele, as chances de atingir os resultados desejados diminuem significativamente, tornando a captação de recursos um desafio muito maior do que precisa ser.
Agora, e os segredos de sucesso que são anteriores à escrita de qualquer plano de ação? Vamos revelá-los com a ajuda da professora Patrícia Ortiz.
Falamos até aqui sobre formas de captação de recursos no Brasil e a importância de um plano de ação.
Porém, o que poucas pessoas compartilham é que existem 3 princípios basilares imprescindíveis, que são anteriores à elaboração de qualquer plano. Ao seguir tais pontos fundamentais, você aumentará o seu nível de sucesso, pois eles darão mais consistência ao que você estiver escrevendo.
Imagine que milhares de organizações vão captar os mesmos recursos que você e escreverão suas propostas. O que chamará a atenção de um investidor social é o diferencial de um projeto. Então, vamos a esses segredos que poderão fornecer essa vantagem competitiva.
“Você precisa pensar o plano de trabalho sob a ótica do usuário dos serviços”, afirma a professora Patrícia Ortiz.
Ela destaca a importância de entender profundamente para quem se destina o esforço da captação de recursos. Com sua vasta experiência em projetos sociais, ela trata da essência de conhecer o público-alvo, não como uma mera formalidade, mas como alicerce fundamental de qualquer iniciativa bem-sucedida.
É necessário sair do escritório e mergulhar na realidade daqueles que serão beneficiados: “você precisa fazer visitas domiciliares, chegar até o líder comunitário… É através deles que você começa a entender a verdadeira necessidade dos usuários dos serviços”, Ortiz destaca.
Essa aproximação não apenas facilita a entrada em comunidades menos acessíveis, mas também garante que o plano de ação seja construído sobre um entendimento genuíno das necessidades do público.
Um dos exemplos impactantes trazidos por Patrícia Ortiz é o do projeto social que decidiu introduzir o uso de talheres em uma comunidade onde a prática cultural era comer com as mãos.
Os idealizadores do projeto, embalados por boas intenções e um planejamento aparentemente impecável, desenvolveram um programa completo: desde a contratação de profissionais até a distribuição dos utensílios. O projeto foi tão bem elaborado que conseguiu financiamento sem dificuldades, sugerindo um sucesso iminente.
No entanto, o detalhe que levou ao fracasso dessa iniciativa foi a falta de uma escuta ativa e uma compreensão profunda da cultura local. “Eles não ouviram a população”, lamenta a professora. Ao impor uma prática diferente às tradições locais, os responsáveis pelo projeto não apenas desperdiçaram recursos, mas também acabaram desrespeitando a comunidade que pretendiam ajudar.
“A sua escrita tem que pulsar a vida no seu plano de ação”, aconselha a professora Patrícia. Ela enfatiza que um plano de trabalho deve ser vibrante, refletindo as verdadeiras necessidades e esperanças daqueles a quem se destina.
E traz um lembrete poderoso:
“Em uma comunidade tem vulnerabilidade? Têm muitas, mas com certeza ali também têm muitas potencialidades”.
Reconhecer essas potencialidades é o que transforma um bom projeto em uma iniciativa transformadora.
“Você já ouviu o seu usuário, certo? Agora você vai trazer ele para perto para ajudar na construção desse processo. Essa vai ser a diferença”, a professora Patrícia Ortiz começa falando do segundo princípio fundamental para a captação eficaz de recursos e o desenvolvimento de projetos sociais.
Ela destaca a importância da participação do público-alvo não apenas como beneficiários passivos, mas como colaboradores ativos no processo de construção do projeto: “se ele se sente parte desde o início, eu não tenho dúvida, digo sem medo de errar, se todos participam do processo, com certeza você vai alcançar o impacto desejado”.
A professora ressalta que a inclusão do público-alvo no desenvolvimento, monitoramento e avaliação do projeto é uma prática cada vez mais solicitada nos editais de financiamento.
Ela adverte contra o modelo antiquado de tratar os beneficiários apenas como receptores finais, enfatizando a transformação que ocorre quando eles são incluídos como construtores do projeto.
Um exemplo de sucesso nesse ponto que ela cita é o de uma organização que, ao incluir todos os membros da equipe em um treinamento, enfrentou o desafio de alimentar os participantes. A solução veio da própria comunidade: famílias se voluntariaram para preparar o almoço, permitindo que até a cozinheira participasse do treinamento.
“Isso tem a ver com protagonismo, com envolvimento”, ela explica, evidenciando como a participação ativa pode fomentar uma sensação de propriedade e comprometimento entre todos os envolvidos.
Esse princípio basilar é uma oportunidade de reunir todas as pessoas em torno da missão do trabalho.
A professora Patrícia sugere deixa-la acessível a todos: “pega a sua missão, coloca em um quadro bonitinho, um porta-retrato, e coloque na mesa de cada funcionário, coloque na parede”.
Esse gesto simbólico assegura que a missão esteja sempre presente, servindo como um lembrete constante do propósito coletivo e fortalecendo a sensação de pertencimento e responsabilidade compartilhada.
O sucesso sustentável não vem apenas de atender às necessidades do público-alvo, mas de integrá-lo ativamente no processo de desenvolvimento, garantindo que todos os envolvidos – desde a liderança até os colaboradores mais humildes – contribuam para e se beneficiem do projeto.
Chegamos ao terceiro e último fundamento que deve preceder a escrita de um plano de ação para a captação de recursos com sucesso: o foco.
“Acertou quem falou atenção e foco, muito foco”, explica a professora Patrícia, destacando a importância de se manter concentrado nas metas e na missão da organização.
Antes de qualquer coisa, Ortiz trata da necessidade de clareza quanto à missão organizacional. “A missão organizacional é a razão de existir. Por que sua organização existe?”, ela questiona.
A missão deve refletir os desafios específicos que a organização pretende enfrentar e deve ser o farol que guia todas as ações e decisões.
Patrícia aborda a realidade multifacetada dos projetos sociais, em que as necessidades podem ser vastas e variadas. No entanto, ela adverte contra a tentação de tentar abraçar o mundo: “você não vai dar conta de tudo. Você vai precisar trabalhar em parceria”.
A ideia é se concentrar nas áreas definidas pelo estatuto da organização e encaminhar casos fora do escopo para outras entidades. Isso não só ajuda a manter o foco, mas também assegura que os recursos sejam utilizados de maneira mais eficaz e sustentável.
Ainda sobre isso, Ortiz trata da relação inseparável entre o estatuto da organização e seu plano de ação.
Ao escrever um plano de ação, é essencial referenciar e alinhar-se com as finalidades estatutárias. Esse alinhamento não só garante a aderência à missão da organização, mas também aumenta a probabilidade de sucesso na captação de recursos.
Um investidor geralmente avalia uma proposta de captação de recurso tendo junto o estatuto social para saber se o que aquele projeto se propõe a fazer está dentro do escopo estatutário daquela organização.
Bom, esses são os três princípios basilares que antecedem qualquer plano de ação para a captação de recurso. Vamos recapitular:
Se você gostou desses segredos de sucesso e deseja se especializar no tema, a Fênix Educação oferece o curso “Plano de ação para captação de recursos”, que aborda os próximos passos a partir desses três pontos fundamentais para captar recursos financeiros para sua organização ou para tornar-se um captador de recursos que presta serviços a organizações.
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